Divergências Trabalhistas

Durante a Idade Média no Reino Dourado vivia o Conde Marfim Prateado. Este homem possuía uma imensa propriedade com um lindo castelo. Na Aldeia Perola ele tinha mais autoridade do que o prefeito. Porque nas épocas de plantio e colheita contratava os trabalhadores para trabalharem nas suas terras. No ano de 1387 o trigo semeado nas terras do conde produziu boas sementes. Quando o trigo amadureceu o capataz foi ao povoado contratar os trabalhadores. Depois de trabalharem o dia inteiro os trabalhadores recebiam uma moeda de bronze no valor de dez centavos. Alguns trabalhadores ficaram indignados ao receberem o pagamento. No outro dia Virgíneo foi revoltado nas terras do conde, em vez de trabalhar começou a protestar exigindo que o conde pagasse um salario decente aos trabalhadores.
Os outros trabalhadores começaram a colher trigo, apenas Virgíneo gritava. O capataz nervoso aproximou-se dele e mandou ir embora das terras de seu patrão. Ele saiu gritando da propriedade do conde, outros três homens o acompanharam. No dia seguinte enquanto as pessoas dirigiam-se a propriedade do conde para trabalharem enquanto Virgíneo e seus amigos gritando exigiam que o Conde Marfim Prateado pagasse um salário digno pelo trabalho deles. Uma mulher chamada Matilde enfrentou Virgíneo dizendo que ganhava pouco, mas precisava trabalhar para a comida poder comprar.
Essas discussões duraram toda a colheita do trigo, a maioria dos homens, mulheres e crianças trabalhavam, enquanto Virgíneo e seus amigos gritavam na entrada da propriedade do Conde. Virgíneo tinha 45 anos, era viúvo, a sua esposa faleceu no parto do primeiro filho, infelizmente o bebê também morreu. Matilde com 43 anos continuava solteira, pois cuidou dos seus cinco irmãos mais jovens desde o falecimento de seus pais.
Quando terminaram a colheita do trigo o exercito invadiu o castelo do Conde Marfim Prateado. Eles prenderam o conde, confiscaram o trigo e os objetos valiosos deste homem, porque ele devia muito dinheiro aos credores. A família do conde foi embora do castelo, as terras ficaram abandonadas. Passaram-se três meses, num sábado a irmã caçula de Matilde casou-se com um primo. O pai do rapaz fez uma festa, convidou todos os moradores da Aldeia Perola. A partir deste dia Matilde moraria sozinha no casebre. Contente ela bebeu bastante vinho. Virgíneo também embebedou-se, rindo falava que não foi explorado pelo conde e não morreu de fome. Ele pescava peixe no rio e caçava na floresta. Matilde ouviu as conversas dele, rindo chamou-o de mentiroso porque tinha medo de corujas.
Virgíneo a achava feia, velha, solteirona, encalhada. Sorrindo ela assumiu todos esses defeitos, mas decidiu consolar o viuvão. Ao acabar de falar essas palavras Matilde abraçou e beijou a boca do Virgíneo. Todas as pessoas ficaram espantadas com este ato imoral, chamaram o padre, obrigaram Virgíneo a casar-se com Matilde. Os dois bêbados dirigiram-se ao casebre dela, o casal teve sua lua de mel.