Desenrolando Pergaminhos.: As conjeturas sobre a estruturação do Cristianismo e interferências da Imperatriz Teodora. Os filamentos conscientes do Universo, seres e tecnologias abusivas.

Observa-se que a terceira classe de pesquisadores antes destacada, ao correlacionar os dados obtidos, chega à conclusão de que o homem Jesus nunca existiu, passando a acusações a vários culpados por uma farsa e apresentando uma lista de provas e argumentos bastante convincentes.
Embora vários deles encetem exposição de semelhantes provas, consubstanciada em registros de algumas dezenas de historiadores de países vizinhos a Israel, contemporâneos dos relatos contidos nos Evangelhos, inclusive de historiadores hebreus, e na histórica compilação dos livros dos apóstolos ocorrida em 382 d.C., portanto mais de três séculos e meio depois da afirmada presença de Jesus e apóstolos no mundo, eles também apresentam modalidades diferentes de argumentações destinadas ao público.
A modalidade que mais se destaca contém essência indignada. Os pesquisadores, ao se defrontarem com infindáveis provas da inexistência do homem Jesus, se veem sem chão, perdendo a referência e não chegando a compreender como parte da humanidade, a cristã, pôde ser iludida durante dois mil anos, sem se dar conta disto.
Essa indignação, acrescida de revolta contra os denunciados manipuladores da fé pública, leva-os à prática de uma crueldade contra os crentes, que veem suas tradições colocadas em risco de serem varridas da face da terra, também alimentando nestes a indignação e a revolta. Tudo vira um círculo vicioso de afirmações e negações, provas e contraprovas, certamente não fazendo bem a qualquer dos dois lados.
Sob a presente avaliação, julgamos que o grande erro é que todos foram acostumados a prestar mais atenção aos indivíduos e seus nomes, do que a seus exemplos, mensagens, conselhos e ensinamentos.
Não ter existido como homem vivente não importa em que ele não existiu como um personagem de uma história criada por Alguém. É uma simples questão de trocar o desencantamento e decepção, pelo entendimento, bem como pela admiração por quem a nobreza de sentimentos foi tão grande, que conseguiu motivar a criação da mais bela história doutrinária para o bem da humanidade.
Em essência, que diferença faz? Os babilônios, egípcios e gregos da antiguidade, também cultuavam seus deuses e mensageiros. No entanto, hoje, todos aqueles deuses e mensageiros antigos são tomados como produto de uma simples mitologia.
Em essência, a diferença é nenhuma para o caso de se concluir pela inexistência, de fato, do homem Jesus! – E o leitor exclamará interrogativamente: ‘Como não?!’ – Responderemos que a diferença é apenas ideológica. Estando no desenvolvimento de uma análise sobre o que, para o enriquecimento dos valores humanos, há de contributivo nas narrativas cristãs, há de se reconhecer que o que é essencial é A História Repleta de Ensinamentos e Exemplos, e ela continua existindo, independentemente de não existir o homem Jesus, se o pressuposto de muitos vier a se confirmar.
Saber que existiu um homem de qualidades especiais que perambulou no mundo e deixou muitos ensinamentos, não tem mais representatividade do que saber que muitos ensinamentos valorosos foram tomados de relatos antigos, adaptados e conservados para a posteridade, para que os homens do porvir pudessem melhorar a si mesmos, por intermédio da adoção e prática daqueles ensinamentos.
Há algum erro nestas considerações?