Educação em livre mercado

“Educação em livre mercado” demonstra como um cenário sem a interferência do Estado, mas com plena liberdade de empreendimento em educação e de escolha desse serviço por parte das famílias poderia garantir soluções para problemas que ainda discutimos.
Em primeiro lugar, não deixa dúvida de que surgiriam experiências inimagináveis para a educação das crianças, adolescentes e universitários. E por quê? Simplesmente porque tal serviço seria ofertado com base na demanda natural da educação, caracterizada por estudantes com necessidades, vocação, interesses e valores diferentes.
Também não deixa dúvida de que os preços praticados por esses serviços, em uma concorrência totalmente livre, seriam muito acessíveis, inclusive às pessoas mais pobres.
Não deixa dúvida de que a querela ideológica interminável entre conservadores e progressistas em relação à educação perderia a razão de ser, pois, em um livre mercado em educação, cada pai matricularia seu filho em uma escola em harmonia com seus valores.
Finalmente, também não deixa dúvida de que o autoconhecimento dos estudantes propiciado por frequentarem escolas afins a seus interesses e vocação tenderia a levá-los a conseguir se colocar na vida em termos de profissão, negócio ou arte com muito mais eficácia.
Quem sabe, neste cenário, escola deixaria de ser esse espaço de tédio para a maioria dos estudantes, que detestam ser testados em conhecimentos que não dizem respeito a suas vidas, que detestam aprender o que não vão utilizar e que engolem todos os dias ensinamentos que agridem sua natureza e interesses.
O livro não tem a pretensão futurista de imaginar como seriam as escolas e o ensino em suas especificidades. Só argumenta que estariam muito mais em harmonia com os estudantes do que na situação atual. E por quê? Porque existiriam para servir aos interesses dos pais e alunos, não para doutrinar, formar ativistas sociais e ambientais, impondo um caminho de salvação para o homem e o planeta, como é o que ocorre nos dias de hoje.