Avulsos: contos, crônicas e outras coisas da portaria

Este livro foi escrito durante o período em que trabalhei de porteiro em uma firma de cosméticos. Ali, de março de 2004 a fevereiro de 2006, durante as horas de maior agitação e esforço, minha veia literária surgiu e, paulatinamente, foi ganhando forma e conteúdo. Criei, escrevi e reescrevi.

Alguns contos aconteceram, outros nunca aconteceram e, finalmente, há os que deveriam ter acontecido e, infelizmente, não aconteceram. Retratei pessoas, acontecimentos e situações. Fiz o máximo de esforço para não ofender, nem injuriar ninguém, porém, se tivesse conseguido, que graça teria esse livro?

Tentei sempre deixar o humor falar mais alto, mesmo quando era assaltado pela mesquinhez da natureza humana. Graças a Deus não fui vitorioso. Troquei nomes e pessoas, menos os desafetos, pois não sou perfeito.

Como diz a Lei de Maier: “se os fatos não comprovam suas teorias, despreze os fatos”.
Nem preciso dizer que sou fã de carteirinha desse tal de Maier...

Porém, nem todos os textos se referem diretamente a acontecimentos na firma. Alguns sequer têm alguma coisa a ver. Só estão ali, porque foram, torno a dizer, escritos naquele momento. Como “Uma rosa para Saddam”, “Os podres” e “O homem que sabia javanês.” Não, esse último conto, infelizmente, não é meu... É do fantástico escritor carioca Lima Barreto, um dos maiores da nossa literatura.

Espero amigo leitor, de coração, que você goste dessa obra, pois ela é resultado de um grande esforço das pessoas boas que tentam mudar o mundo, transmitindo esperança e amor aos necessitados. Não! Esse parágrafo não é daqui.

E assim, parafraseando Rui Barbosa: Um país se faz com homens e livros. Ou foi Monteiro Lobato que disse isso? Algum escritor, eu tenho certeza, disse isso!

Uma pena o Brasil ainda não seguir essa máxima.

Boa leitura!

Joel Duarte