MEU NOME É JONAS

Cruel, lírico, vulgar, rude, poético, sombrio, luminoso, estranho, caótico, sonhador. Jonas é um só, mas dentro dele existe uma legião de anjos e demônios que traduzem os vastos e amplos sentimentos que podem transformar a vida em milagre ou maldição. Preso aos cuidados devidos à sua mãe e ao cachorro, ambos velhos e doentes, Jonas expande as múltiplas e abrangentes personalidades que o transformam no homem perverso que não hesitaria em trucidar seus inimigos, mas também recolhe em si a alma feminina que poderia fazê-lo matrona de uma geração inteira. Estruturado em relatos emocionados aparentemente sem conexão entre si, mas perfeitamente alinhados aos muitos Jonas que se movimentam dentro de um só, o livro refaz a estrutura tradicional dos romances para se tornar um verdadeiro álbum de retratos nos quais o leitor poderá se reconhecer. Como diz o personagem, "sou um ser que reúne em si mesmo desequilibradas doses de ternura, ódio, paixão e lascívia, fogo e lava, mansidão e fúria, e tanto mais, e se tudo isso é muito, ainda é tão pouco para o tudo que eu quero". As convulsionadas personalidades geradas pela alma inquieta de Jonas serão facilmente compreendidas, pois, no fundo, elas são comuns a toda gente como a gente.