Geraldo Paiva
Quero este livro!Logo abaixo disponibilizamos um breve resumo do livro Crónicas do efémero: Meditações de uma reclusa (Vozes que a noite sepultou Livro 3) para que você tenha uma idéia do assunto do qual ele trata. Se rolar a página você terá a oportunidade de fazer a leitura online.
Nota Prévia
Neste terceiro tomo da Antologia Vozes que a noite sepultou, Bolt apresenta, com a quarta e última autora referenciada, Julieta O., a dolorosa expressão do crime.
Nascida em 1980, nos subúrbios da capital, Julieta O. perdeu os pais muito cedo. Depois de uma infância difícil, abandonou a escola aos dezasseis anos, indo trabalhar para uma fábrica têxtil.
Condenada a seis anos de prisão pelo homicídio do padrasto que tentara abusar dela, Julieta O. começou, já em liberdade, a registar num pequeno caderno apontamentos de natureza diversa tais como reflexões, observações, poemas e algo parecido com um diário. Prolongou essas anotações até à data do seu suicídio, cinco anos mais tarde.
O referido caderno, encontrado no seu quarto lisboeta, chegou às mãos de A. Bolt que resolveu incluir aqui uma breve seleção dessas páginas.
G. A. P., 2016
Liberdade
Amo as manhãs de gelo como quem ama rosas.
Nego os deuses que não deslizam pelas pétalas das flores.
Odeio poemas de amor que não mantenham o amor velado. Mas gosto dos baloiços nos jardins verticais que me enchem a imaginação.
Com os pássaros vou para onde eles vão. Com eles canto a alegria de não pensar.
Voo com eles através das janelas que não há. Atravesso as janelas invisíveis do mundo pelas quais, sem me ver, o mundo olha para mim.
Não me detenho em considerações metafísicas, prolongo-me pelas maravilhas com que meu coração esvoaça.
Sou preta e sou branca e visto-me com as cores do sonho.
Na tigela do dia sorvo a luz do sol, na da noite, a da fantasia.
Não quero saber de verdade nem de justiça porque de mim também elas não querem saber.
Não me preocupo com a humanidade porque é a melhor maneira de não se tornar desumano.
Na minha solidão, sigo o meu caminho como avanço em mim mesma.
São meus pais os pinheiros na neve, meus filhos, os juncos à beira-rio.
Não sou da minha pátria, sou daquilo que amo. Tenho o meu país nas asas das borboletas e nas gotas que perlam as folhas da acácia.
Venho da infância livre e para ela volto…
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