Aventuras e travessuras de meninice: meu gato, meu herói

Eu nunca fui incentivado pelos meus pais a acreditar em Papai Noel, bruxas, vampiros, lobisomens, etc. Não porque julgassem isso pura perda de tempo ou ilusão, mas sim para evitar excessos de presentes, economizando dinheiro, para aplicá-lo em imóveis. Também nunca me entusiasmei com historinhas de fadas e fábulas em geral, contadas, principalmente, para se dormir, na qual os animais tornam-se seres quase-humanos capazes de peripécias superfantásticas.

Como da época de minha meninice até a minha juventude, pouquíssimas famílias detinham o poder aquisitivo necessário para possuir uma televisão, incluindo a minha, os momentos de ócio e de lazer eram preenchidos por brincadeiras de rua, leitura de gibis e radionovelas. É mister lembrar de uma que fez muito sucesso na época entre as crianças e adolescentes: Juvêncio o herói do sertão e seu amigo Juquinha.
Cresci...
Minha vida de professor, durante a semana era atribulada, migrando de uma sala para a outra, preparando aulas, melhorando a didática de outras, pesquisando fontes de informação, planejando experiências práticas, etc. restringindo-se praticamente ao trabalho, leitura e, raramente, um passeio à cidade vizinha, para assistir a algum filme, comer um cahorro-quente completo de rua, adquirir alguns livros e repor o meu simplório e exíguo guarda-roupas.
Mas, um encontro inesperado mudaria muito a rotina da minha vida.