O pecado nosso de cada dia.

O pecado na vida do cristão é um contratempo que nos faz retardar todo e qualquer tipo de projeto tanto os de Deus, quanto os nossos mesmos e só conseguimos retomar a caminhada na direção certa quando nos livramos desse sobrepeso que tanto mal provoca.
O apóstolo Paulo se deparou com esta muralha diante do seu ministério e teve que ser muito realista para poder enfrentar seu dia a dia e não caiu no erro de tentar espiritualizar o assunto para fugir da responsabilidade que as consequências trazem; ele encarou com naturalidade e descobriu o modo de poder ir vencendo a cada passo o grande problema da fraqueza, que é uma porta aberta para a tentação e a queda do homem.
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Rm. 7:18.
Será que um pastor se atreveria reconhecer este nível de fraqueza diante de sua comunidade? Se o fizer, a comunidade teria maturidade suficiente para não permitir que tal pastor venha cair em seu conceito?
Somos seres humanos que falhamos como todos falham, mas diante da responsabilidade de termos que pastorear um povo, o nosso dever nos faz andar numa melhor condição espiritual do que aqueles a quem dirigimos, caso contrario seriamos cegos, e guias de cegos; no entanto, fora este esforço e a dedicação, temos as mesmas tendências que os outros mortais e se descuidamos nosso chamado como servos de Deus, cairemos inevitavelmente e o levantar se faz bem mais difícil.
Todos pecam; esta é a verdade. Peca o grande, peca o pequeno, peca o branco, peca o negro, peca o inteligente e peca o lento de raciocínio, peca o crente e peca o ímpio peca o membro de igreja sem cargo, como também pecam os líderes; todos pecam sem exceções.
Pecam os diáconos, pecam os presbíteros, pecam os evangelistas, pastores e apóstolos, homens e mulheres; neste particular, não há uma só pessoa no mundo que jamais peque, apesar do grau de pecado e a intensidade mudarem na comparação entre uns e outros.
Não temos como extinguir o pecado para não cair nele nunca mais, mas sim temos como nos prevenir para assim podermos nos acertar com Deus menos vezes.
O melhor caminho para que possamos levar dominada a carne, sempre haverá de ser a sujeição a Deus e à sua palavra; se o fizermos como é devido, vamos nos posicionar na batalha diária que temos que travar, para sermos mais fortes em Cristo. Um grande segredo para nos manter longe da possibilidade de pecarmos com tanta frequência é a atividade cristã constante; quanto menos tempo tivermos livre para a carne, maior será o nosso progresso na questão de vencermos as tentações, fraquezas e tendências fora o padrão do reino.
Errado é usar o sangue de Jesus como se fosse um antídoto, não funciona dessa forma, ele purifica apenas vindo do passado e até o presente momento; sua validade fica condicionada até que a pessoa volte a pecar novamente e se envolva com as coisas que possam levá-lo á lama e à derrota espiritual ou moral.
Assim como o efeito do sangue de Jesus Cristo fica condicionado até que a pessoa o invalide praticando novos pecados, também o efeito do pecado ficará condicionado até o momento em que o cristão se arrepender e pedir perdão ao Senhor; nesse momento voltará a ser considerado “santo” diante dos céus.