DO MICRO AO MACRO

O mundo à nossa volta apresenta tão grande número de maravilhas.
As belezas da Natureza são incomparáveis se confrontadas com as criações meramente humanas. Existe harmonia no conjunto, e em muitos locais da Terra sentimos uma imensa sensação de paz.
Como podemos atribuir tudo isso a um processo criativo que foi detonado por uma explosão que não obedeceu a nenhuma das leis físicas que conhecemos atualmente?
É verdadeiramente inexplicável se tentar esclarecer algo utilizando como base um conceito de casualidade, ou, em outras palavras, afirmar que tal fato se deu “por acaso”.
Evidentemente que cada pessoa entende as coisas como bem quiser, de acordo com seus conhecimentos e capacidades. Em muitas ocasiões as pessoas permitem que as crenças tenham mais peso em suas considerações, do que os fatos cientificamente comprovados.
Um dos papeis da Ciência é justamente o de testificar
eventos que acontecem em diversos setores e recantos da Natureza. Como a Ciência lida com um fato tão absurdo como o acaso, o qual por suas próprias características não pode ser experimentalmente pesquisado?
Cada um de nós, como ser humano, é um amontoado de átomos que formam moléculas, etc., mas a reunião desses elementos proporciona o surgimento de capacidade intelectual? De senso moral? De conceitos elevados e transcendentais?
Somos uma reunião aleatória de subpartículas e partículas? Certamente que os seres humanos são animais racionais, entretanto, essa racionalidade advém da “simples” união de certos atômicos e moléculas?
O macrocosmo é um reflexo do microcosmo? É necessário que tenhamos consciência que não somente a reunião de matéria proporciona a produção de nosso organismo biológico, ela também favorece que sobre esse mesmo organismo atue uma entidade inteligente e que possui recursos intelectuais acima da média da maioria dos outros animais deste orbe.
Desconhecemos as reais medidas dos espíritos, todavia, eles conseguem atuar sobre a matéria física por meio da utilização da própria matéria que tem ao seu alcance, seja ela a do corpo biológico, seja o ectoplasma emitido pelos encarnados, etc., mas, o importante é que consegue atuar. Entretanto, vejamos essa questão de maneira minuciosa.
Se o corpo físico contém o espírito nele reencarnado, o volume do espírito é menor do que o do corpo humano. Além disso, o espírito se encontra envolvido pelo perispírito, e como consequência disso o espírito é menor do que o perispírito.
Ainda existe o chamado corpo mental envolvendo o espírito, e por isso o espírito é menor do que este envoltório. Isso sem levar em conta outros invólucros espirituais que possam existir também. E qual será o tamanho do espírito? Ignoramos por completo a estrutura desse ser inteligente que utiliza um invólucro material para atuar dentro do espaço quadridimensional no qual vivemos.
A Ciência espírita tem ainda muitos eventos para pesquisar, fazendo com que aprendamos cada vez mais sobre nós mesmos. Porque até agora a Ciência tem sido utilizada pelos céticos, ou seja, tem sido uma forma ou manifestação de saber sem fé.
Quando usamos a palavra fé, evidentemente estamos buscando a conceituação de alguém acreditar em alguma coisa, mas a própria Doutrina dos Espíritos apresenta a fé como elemento necessário, todavia, a fé
raciocinada.
Quando um espírita acredita em alguma coisa é porque ele possui conhecimento sobre elementos doutrinários que são lógicos, e por isso, proporcionam que se acredite em alguma coisa que muitas vezes não é acessível a nenhum tipo de aparelhagem de pesquisa.
Até mesmo porque a Ciência Espírita ainda não dispõe de instrumentação adequada para a pesquisa mediúnica e psíquica. E cabe a nós o papel de criar e desenvolver a tecnologia para esse tipo de investigação.
A Ciência atual ainda sofre de um processo de incapacidade para compreender aquilo que foge dos procedimentos laboratoriais de pesquisa.