Estevão Ribeiro de Resende: O Marquês de Valença

Em 1919 a Senhora Lídia de Sousa Resende, filha do Barão de Rezende, ofereceu ao Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo

"[...] duas coleções encadernadas de cartas de seu avô, o Marquês de Valença, e outras a ele endereçadas, referentes à era gloriosa da nossa Independência e a acontecimentos concomitantes”.

O precioso Arquivo de Estevão Ribeiro de Resende contém, em sua quase totalidade, documentos relacionados com os primórdios da Independência política do Brasil.

Estes documentos, oferecidos aos estudiosos da história da nossa Independência, apresentados em ortografia oficial e por extenso suas abreviaturas, são em sua grande parte inéditos. Deles apenas um reduzido número foi dado a conhecer pelo Barão de Rezende no trabalho Estudos Histórico-Políticos, editado em 1879, e alguns publicados na Revista do Arquivo Público Mineiro, anos XIV, 1909.

O Marquês de Valença, a quem Adolfo Varnhagen chamou “Corifeu da Independência”, ocupou inúmeros cargos políticos importantes, conforme síntese feita no presente trabalho. Não pretendemos recheá-lo de transcrições de ofícios, de cartas, petições, nomeações e inúmeros documentos que constituem o acervo protegido em seu Arquivo em São Paulo. Extraímos, a nosso ver, os mais significativos, para que uma rápida leitura permita ao leitor resgatar a figura desse importante personagem da nossa história política. O esquecimento dos bons faz com que nos contentemos com os medíocres.

Ele faleceu aos 08/09/1856 no Rio de Janeiro – RJ, merecendo um especial “Esboço Biographico”, editado no mesmo ano pela Typ. Imp.e Const. De J. Villeneuve e Comp., pertencente à “Colleção Thereza Christina”.