Todos dizem eu te amo

Quando alguém te diz “eu te amo”, o que você sente? O que você faz? A resposta pode ser fácil ou difícil, rápida ou demorada. Depende de quem está dizendo “eu te amo”. Depende do que você fará com essa declaração. A resposta revela, muitas vezes, que tem amor que é dor. É nesse cerne que as personagens de “Todos Dizem Eu Te Amo”, livro de estreia de Alexandre Félix, vivenciam suas histórias.

O amor cantado e escrito em prosa e verso ao longo da História da Humanidade, neste livro, revela sua face de pertencimento aos corações que amam o contraditório, amam a pessoa errada, acariciam os impulsos proibidos; aos teimosos caminhantes da estrada da perdição. Através de poemas e contos, o leitor é convidado a conhecer as manifestações de um amor que se afirma limpo, mas que muitas vezes nada mais é do que um sepulcro caiado.

Contos como “O Alvanéu de Castelos de Areia”, “Miss Esperança”, “O Sonho do Baile”, “Todas as Fontes do Amor” e “A Hora da Estrela Cordélia Summer” contam histórias traçadas cuidadosamente pela síntese extremada, onde se constata a solidão que se vive em multidão, a alegria fabricada e a denúncia de cárceres internos aos quais podemos ser jogados, ou nessas mesmas masmorras permanecermos por livre e estranha vontade.

Já poemas como “Sobre as Coisas Sujas do Amor”, “Conforme a Solidão”, “O Parto da Desilusão” e “A Palavra e o Silêncio”, conhecemos as consequências de dizer e de acreditar num “eu te amo”.

Portanto, este livro é composto de histórias de homens e mulheres que amam destruindo o amor, que amam negando as várias formas de amar e que reinventam a definição de amar como um ato perigoso que sempre os levam ao abismo do amor que também é dor.