Sombras Noturnas

Nas Sombras Noturnas escondem-se alguns dos nossos piores pesadelos. O inusitado no canto de um beco escuro; o fantástico rastejando em um bueiro; a magia que nos aguarda em uma esquina qualquer. O ordinário esconde em sua capa de normalidade passagens a outros mundos – basta saber como encontrá-las. Nas páginas desta coletânea há alguns atalhos. Permita-se experimentá-los.

Esta é uma seleção de contos de fantasia urbana e fantasia sombria escritos por Daniele Cavalcante entre 2010 e 2015, época em que publicou contos de forma independente e participou de algumas antologias pelas editoras Estronho e Literata. Para reunir em uma única publicação histórias escritas em épocas diferentes, todos os textos foram revisados, recontextualizados, adaptados, e alguns finais foram alterados.

“Corredores Fantasmas”, o primeiro conto da coletânea, nos apresenta um protagonista transgênero que vive seu pior pesadelo: chegar atrasado no colégio e descobrir que não há ninguém no pátio ou corredores para ajudar. Ao conhecer uma menina bastante simpática, descobre que tudo pode ficar se estiver em boa companhia – mesmo que essa companhia não seja exatamente... humana.

Em “Sonhos de Marcelo”, um adolescente vê seus sonhos e suas paixões desaparecerem. Ao encontrar uma loja de antiguidades e conhecer seu dono, Marcelo descobre que há antigas forças sobrenaturais agindo não só eu sua mente, mas em toda a cidade.

“O Estado Messiânico” é uma distopia que se passa no governo de um fascista cristão e Plínio, um jovem treinado para futuramente pertencer às forças armadas do Supremo Mestre, terá que fazer uma difícil escolha: encarar a possibilidade de estar do lado errado da história.

“A Lenda do Bosque Sombrio” é um antigo mito sobre espíritos malignos que habitam entre as árvores que ficam atrás do Colégio Marista. A lenda ajuda a manter os alunos longe do lugar, mas o que há por trás dessa história, sussurrada nos corredores, ano após ano? Maurício descobrirá que ser capturado por entidades estranhas pode não ser tão desagradável assim.

Sail Away é a fotografia de um homem que perdeu o fogo apaixonado de sua inspiração, e nem mesmo a divina Musa consegue ajudá-lo. Por fim, “Quando o Homem Matou a Magia” é a história de uma guerra resultado da dificuldade que seres humanos têm de conviver com aqueles que são diferentes.