O ÚLTIMO RÉU

Em tempos de turbulências na espinha dorsal do Poder Público que se refletem na estrutura política do país e no comportamento da sociedade, o misterioso desaparecimento do principal assessor do senador biônico Euclides Candeias é o fio da meada que conduz ao julgamento d’O Último Réu no Tribunal de Justiça da pequena cidade de Coronel Anacleto, no interior das Minas Gerais. Pelo torvelinho da trama desfilam cenários intrigantes que emulam temáticas atualíssimas, como a troca voluntária de bebês gêmeos num complô articulado pela enfermeira-chefe em conluio com os pais e o padre capelão da maternidade; casos de vingança, infidelidade e traições; crimes encomendados como o “suicídio” na árvore dos enforcados e a cruel execução de Horácio Jr., jogado em um tanque da Estação de Tratamento de Água da cidade para não ser chamado a depor na operação O Bom Cabrito Não Berra. Tudo passa pelo doutor Filó, o juiz linha-dura que ganha considerável reforço com a chegada a Anacleto do delegado Parada Pinto, o homem que conduz a narrativa policial. Ele, que trocou o glamour de São Paulo pelo que poderia ser o seu ostracismo num lugar desconhecido, jamais poderia imaginar que, já na condição de magistrado, viveria o momento mais emblemático de sua vida pública.