À PROCURA DE ONDINA

Anos da Ditadura. Dois amantes perdem-se um do outro.
Numa tarde de Inverno, um mendigo (Eurico) discursa numa rua movimentada de Lisboa. A PIDE (polícia internacional e de defesa do Estado) prende-o como insurreto, porém, todos o conhecem como um ser indigente que perdeu a razão. Na prisão, conhece Sócrates, perseguido pela polícia política e pelas lembranças tortuosas da sua fanática ex-mulher, que se diverte com o novo marido em terras de Angola. Iniciam uma estranha amizade onde se confrontam com as suas próprias realidades, em mundos totalmente opostos.
Apanhados pela Revolução de Abril de 1974, ambos são libertados e Sócrates tenta salvar Eurico da sua loucura, convidando-o para viverem juntos, iniciando-se assim, um período conturbado por novas experiências, para Eurico.
Após uma fase de aparente estabilidade, Eurico volta às ruas na obstinada procura de Ondina, a enigmática mulher que o condenara à loucura com os seus sentimentos extremos, a sua singular forma de viver, os seus indecorosos amigos, os seus amantes, a sua espiritualidade, e a sua sexualidade delirante, numa viagem sem volta.