Logo abaixo disponibilizamos um breve resumo do livro Meditação (com prefácio analítico) para que você tenha uma idéia do assunto do qual ele trata. Se rolar a página você terá a oportunidade de fazer a leitura online.
Com trechos publicados pela primeira vez na "Revista Guanabara" em 1850, "Meditação" é um livro pouco conhecido de Gonçalves Dias (1823-1864), mas de grande importância para a literatura brasileira – foi a primeira vez que um poeta romântico brasileiro criticou abertamente o sistema escravista e a estrutura política do Império, tendo em vista a economia da sociedade moderna europeia, que abolira a escravidão. Para se ter uma ideia, os poemas abolicionistas de Castro Alves (1847-1871) só viriam a público por volta de 1863, quando o tema já estava sendo amplamente debatido nos jornais.
Dividida em três capítulos, "Meditação" é uma prosa poética centrada no diálogo entre um jovem e um ancião. O primeiro, uma espécie de patriota ingênuo, ao ser tocado nas pálpebras pelo velho sábio, é tomado principalmente por visões de horror da expansão europeia pelo novo continente, pelas raças trucidadas e escravizadas por toda a parte.
E aqui temos o poeta da "Canção do exílio" num de seus pontos altos, empenhando recursos expressivos na construção de panoramas de grande poder imagético. Na paisagem bucólica de um grande Império, por exemplo, onde há “árvores colossais” e a “relva é densa e aveludada”, vemos milhares de homens de diferentes fisionomias:
"E esses homens formam círculos concêntricos, como os que a pedra produz caindo no meio das águas plácidas de um lago.
E os que formam os círculos externos [...] são de cor preta [...] e os outros, que são como um punhado de homens [...] têm maneiras senhoris e arrogantes; – são de cor branca.
E os homens de cor preta têm as mãos presas em longas correntes de ferro, cujos anéis vão de uns a outros – eternos como a maldição que passa de pais a filhos!"
No entanto, vale lembrar que, embora se posicione claramente contra a escravidão, Gonçalves Dias não é um humanista como Castro Alves. Funcionário público cooptado pelo Estado, como grande parte dos intelectuais e artistas da época, ainda estava impregnado pelo ranço da superioridade racial dos brancos. Talvez estivesse mais preocupado pelo empecilho que a escravidão representava à expansão do modelo capitalista e da criação de um mercado consumidor do que pelas mazelas sociais geradas em si.
De qualquer forma, esta obra inacabada e esquecida por muito tempo pela crítica é de grande valor para se conhecer não só nosso passado histórico recente, mas para se estabelecer ainda mais vínculos entre a literatura brasileira e seu contexto social.
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