Os Filhos Paulistanos: Contos do Natal

Natal Felintro

Quero este livro!

Resumo do livro 🤔

Logo abaixo disponibilizamos um breve resumo do livro Os Filhos Paulistanos: Contos do Natal para que você tenha uma idéia do assunto do qual ele trata. Se rolar a página você terá a oportunidade de fazer a leitura online.

Quando Yasmin acordou, naquela manhã fria do dia 6 de junho de 1944, não passava pela cabeça inocente de criança, o significado do noticiário que ouvira pelo rádio, dizendo que estava deflagrada a maior operação de guerra jamais vista na história da humanidade, chamada de Dia D.
Toda a imprensa escrita e falada estava mobilizada na cobertura da segunda guerra mundial, enfatizando o feito, que cerca de 120.000 soldados, com o apoio de 6.000 navios e 5.000 aviões, desembarcaram nas costas da Normandia, ao noroeste da França.
Contudo, ela estava noutro continente, longe das operações militares que instituíram “o Dia Decisivo”. Pois, Yasmin morava num bairro tipicamente miscigenado, uma vez que o Parque das Nações, em Santo André, foi criado inicialmente para abrigar as famílias dos imigrantes, em especial os técnicos das grandes indústrias que se instalaram na região que foi desmembrada para formar as cidades que compõe o ABC Paulista. Também escondiam alguns refugiados do regime autoritarista do nazismo que devassava o leste europeu.
O bairro que estava em fase de iniciação, padronizou a edificação de três modelos de moradia, nos terrenos adquiridos da empresa de empreendedorismo do Senhor Peruche, que fornecia o pedreiro e o material. Esta tão viva na sua memoria que ela faz questão de manter a casa onde mora, preservada com os traços arquitetônicos da época.
Aos 10 anos de idade, a garota vivia feliz com a família na sua pátria mãe gentil, ouvindo todo tipo de dialeto dos vizinhos europeus, de múltiplas nacionalidades.
Ela fez esse relato, em meados de janeiro de 2016, acerca de 72 anos do suceder desse acontecimento que manchou a historia da humanidade. Contando com a mesma empolgação da menina que, naquele dia, vestiu o seu melhor vestido e, na companhia da sua mãe, tomou o assento da carroça do Senhor João.
Acrescentando que saiu do terceiro subdistrito, no espigão da Rua Suíça, com o guarda-chuva aberto para proteger-se da fina garoa que cobria a linda paisagem do bosque. Desceu a lamacenta e escorregadia descida da Estrada do Oratório, sentindo uma sensação de liberdade com a brisa fresca do vento forte que desmanchava os cachos dos seus cabelos. Não é que ela era enjoada, mas sentiu-se incomodada na passagem do Córrego Jundiaí, com o resvalo dos pendões do capim orvalhado que tombavam, fechando a estreita passagem dos veículos de carga e lotação, restritamente aos de tração animal.
Curiosa, a garota observava os animais soltos, livres de cercas e amarras, pastando as moitas de capim nas encostas da estrada. Passava por trabalhadores rurais cavalgando, tangendo umas cabeças de vacas leiteiras, acompanhados por seus cachorros de lida. Esses camponeses tinha o costume de tirar o chapéu para saudá-los, com um sotaque muito carregado difícil de entender.
Os carros de bois carregados de lenhas, com suas rodas de ferro fino, cortava o chão de terra molhada, seguindo em direção ao primeiro distrito, que, de costume, ainda recebia a denominação de Bairro da Estação. A estrada era apenas um carreador estreito, ainda sem residências e muito mato ao redor. Mas quando passou a ponte do rio Tamanduateí, puderam ouvir as batidas dos cascos do animal, caminhando pelo calçamento de paralelepípedos, e ver o alvoroço dos operários das tecelagens, que ainda predominavam na região, misturados aos funcionários químicos da multinacional instalada entre a linha férrea e as margens do rio.
Ao chegar mais perto puderam ver a passagem de nível escondida na neblina, com suas cancelas abaixadas, refletidas pela luz vermelha do lampião no lusco-fusco da manhã, por conta da forte serração que ofuscava a claridade. Com isso a pouca visibilidade forçou o carroceiro, a parar a carroça para esperar silenciar as badaladas do sino, que anunciava a passagem do trem. Então elas saíram andando no ladrilho da estação com as roupas e os calçados muito asseados, para embarcar no conforto do expresso da São Paulo Railway.

Faça a leitura online 📖

Aqui você tem a opção de ler online o livro, além de também comprar a versão de papel caso tenha interesse. Utilize o botão "LEIA AGORA" (que está abaixo da capa do livro 👇) ou clique direto na capa do livro abaixo para iniciar a leitura.

* Se você gostou, sugerimos que apoie o trabalho do autor e adquira o livro. Para isso, clique no botão comprar. Se curtiu a leitura, por favor, compartilhe.

Setas indicando botão de compra

Comprar na AmazonComprar na Amazon

Visão Geral em PDF

Baixe aqui um apanhado geral sobre o livro Os Filhos Paulistanos: Contos do Natal em PDF e distribua para quem você acha que gostaria de conhecer esta obra. O download está disponível para todos de forma gratuita.

Incorpore este livro ao seu site ou blog!

Copie e cole o código abaixo (como HTML) no seu site/blog para inserir uma caixa que aponta para informações do livro:

Vai ficar assim:

Outros livros de Natal Felintro para ler online 📚

Além deste livro que você está lendo, Natal Felintro tem outros 7 livros cadastrados conosco. Veja aqui os outros livros do(a) autor(a), exibidos por ordem de preferência dos usuários.

Livro A professora Apaixonada: Crônicas do Natal A professora Apaixonada: Crônicas do Natal
Livro CONVERSA DE CORREDORES: contos do natal CONVERSA DE CORREDORES: contos do natal
Livro CONVERSAS DE CORREDORES: Contos do Natal CONVERSAS DE CORREDORES: Contos do Natal

Aprenda a ler de forma eficiente!

Livro grátisGratuito no Kindle Unlimited

Conheça os pontos fundamentais para uma leitura eficiente, sem apelar para técnicas mágicas ou métodos extravagantes.

A ideia é ajudar você a refletir sobre o seu estilo de leitura e como é possível adaptá-lo para melhorar usando técnicas simples e de fácil aplicação.

Leia agora! →