A Cruz do Patrão

Na época das maiores revoluções libertárias da história, Vicente Vieira, um português, retornava a Pernambuco para atender a um desejo de seu pai no leito de morte. Porém, ao chegar, seu pai já havia falecido e deixado muitas dívidas. A pior e mais preocupante delas logo se revelou – haveria de assumir o débito com um ser sobrenatural que reclamava o direito de levar a alma do herdeiro dos Vieira ao inferno.

Ao construir uma coluna de alvenaria – a Cruz do Patrão – para auxiliar a baliza de grandes navios, Vicente Vieira encontra-se numa situação desesperadora, tentando enfrentar todos os desafios e as consequências para não assumir uma dívida que não lhe pertencia. Revelando amor e fidelidade por seu pai, ele se dispõe a criar artifícios para ver o pai e a si mesmo livres dessa maldição.

A Cruz do Patrão torna-se o símbolo dos acordos entre o homem e o sobrenatural, a conexão entre o bem e o mal, e o ponto de retorno e partida do destino dos personagens.

A Cruz do Patrão é um monumento real, erigido no porto da cidade de Recife, em Pernambuco, e há séculos carrega a fama de se encontrar no local mais assombrado do Brasil.