As Bruxas que me amavam, e outras...

As bruxas que me amavam e outras”, narra vários contos diferentes, mas com um mesmo ponto em comum: elas. Elas são as protagonistas dos contos; mulheres cheias de coragem, outras desinibidas e há até aquelas extrovertidas, mas apesar de tudo, não passam de simples bruxas. Estas que fazem da história de qualquer homem um conto de fadas ao avesso. Querendo ou não, elas atuam sobre as letras escritas, fazendo transparecer todas as personalidades que operaram ali nas páginas do livro.

Nas palavras do poeta “uma imaginação bem canalizada é fonte de grandes proezas”; é uma confirmação que foi deixada bem clara no livro; a todos os instantes. O autor deixa escapar um leve sabor de grandes revelações sobre o nosso próprio cotidiano, não omitindo detalhes nem compaixão.

Hipocrisia é um termo que foi banido da obra e metáforas são complementos de ricos pensamentos e reflexões com uma pitada de sinestesia melancólica de profundos mares sem fim.

Finalizando, eu, como admiradora do autor, com muito orgulho, escrevo carinhosamente nessa parte que me coube nesse volume, esperando que os leitores, após lerem o livro, não se deparem com nenhuma bruxa da vida real, sentadas nos bares de esquinas ou nas ruas das cidades; apenas apreciem-nas porque atrás da figura de mulheres más, existe a mulher normal, que convive conosco em nosso cotidiano e quem sabe, até o final da leitura as vemos voando pelos céus de Copacabana?