Caso o leitor desenhe em sua cabeça uma linha cronológica com todos os acontecimentos e reviravoltas do livro, provavelmente não estaria contemplando algo extraordinário, ou mesmo inovador. Não desmereço a história — muito pelo contrário, meu objetivo é tentar retratar a beleza dessa obra. Aqui o toque especial do livro não está no enredo em si, que revisita o casamento de conveniência entre os protagonistas: mas sim nos personagens, pois o interessante é o que está acontecendo dentro deles, em como um modifica o outro, por meio do companheirismo, da amizade, e do amor que os reconstrói.
Não vou me ater a detalhes, mas tanto Vincent quanto Sophia foram tristemente machucados pela vida, e ambos veem no casamento um acordo que beneficiará as duas partes — até aí nenhuma surpresa. Mas Mary Balogh mais uma vez reafirma sua escrita como sensível, pelo cativante relacionamento dos personagens — é lindo vê-los amadurecer e se envolver —, bem como madura e perspicaz, pois por trás de todo o romance há também um senso de humor sutil que zomba da hipocrisia, da vileza, e do ridículo de personagens ora antagonistas, ora secundários, que em sua ignorância desconhecem (ou fingem que desconhecem) sua capacidade de infligir dor a alguém.
O grande poder de "Um acordo e nada mais", contudo, é que nós, leitores apaixonados, também podemos nos reconhecer nessas figuras anti-heróicas, tanto dos protagonistas quanto dos vilões, e admiramos, assim, as camadas e a ambiguidade que essa autora consegue colocar em seus personagens.
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Livros dessa série (7 livros)
Série completa
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1Uma proposta e nada mais: A história de Hugo (Clube dos Sobreviventes Livro 1)
Edição do KindleR$33,24 -
2Um acordo e nada mais: A história de Vincent (Clube dos Sobreviventes Livro 2)
Edição do KindleR$33,24 -
3Uma loucura e nada mais: A história de Benedict (Clube dos Sobreviventes Livro 3)
Edição do KindleR$33,24 -
4Uma paixão e nada mais: A história de Flavian (Clube dos Sobreviventes Livro 4)
Edição do KindleR$33,06 -
5Uma promessa e nada mais: A história de Ralph (Clube dos Sobreviventes Livro 5)
Edição do KindleR$33,24 -
6Um beijo e nada mais: A história de Imogen (Clube dos Sobreviventes Livro 6)
Edição do KindleR$18,04 -
7Um amor e nada mais: A história de George (Clube dos Sobreviventes Livro 7)
Edição do KindleR$33,24
Da editora
Mais sobre o livro:
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Sobre Mary Balogh:
Mary Balogh nasceu e foi criada no País de Gales. Ainda jovem, mudou-se para o Canadá, onde planejava passar dois anos trabalhando como professora. Porém ela se apaixonou, casou e criou raízes definitivas do outro lado do Atlântico.
Sempre sonhou ser escritora e tinha certeza de que, no dia em que escrevesse um livro, ele seria ambientado na Inglaterra do Período da Regência. Quando sua filha mais nova tinha 6 anos, Mary finalmente encontrou tempo para se dedicar ao antigo sonho. Depois de três meses, a primeira versão de sua obra de estreia estava pronta.
Publicada em 1985, deu a Mary o prêmio da Romantic Times de autora revelação na categoria Período da Regência. Em 1988, ela passou a se dedicar apenas aos livros.
Hoje é presença constante na lista de mais vendidos do The New York Times e vencedora de diversos prêmios literários. Sua série Os Bedwyns foi publicada no Brasil pela Arqueiro e já vendeu 100 mil exemplares.
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Intenso e Lindo
Só para refrescar nossas memórias, a série vai contar a história de um grupo de ex-soldados que, após sofrem algum tipo perca decidem se reunir anualmente para manter os laços da amizade.Aqui vamos conhecer Vincent, um jovem que ficou cego e está prestes a se casar forçadamente pela família e Sophia, uma jovem que precisa sair da casa de parentes em que vive ou tenta viver, pois, sua existência é totalmente ignorada.Duas historia de vidas bem distintas, cada um com sua carga dramática e um acordo que promete mudar para sempre a vida desses jovens.Vicent e Sophia têm seus caminhos cruzados por conta de uma armadilha; ele impetuoso e com seu senso de justiça propõe a Sophia um acordo que lhes renderá vantagens no futuro, mas quis o destino que o amor falasse mais alto colocando qualquer senso comum de lado.Vicent no primeiro livro, embora tenha perdido a visão, consegue através de outros sentidos, fazer isso passar despercebido para nós que estamos acompanhando sua trajetória; entretanto, de alguma forma, ele negligenciou suas responsabilidades por puro comodismo.Sophia levava uma vida de opressão na casa de pessoas que se diziam sua família, praticamente invisível aos olhos de todos; com essa personagem totalmente fora da proposta dos livros do gênero, neste livro ela não é nenhuma mocinha a frente do seu, tendo como seu maior desafio encontrar o melhor de si mesma.Nesse ponto a autora desenvolve um enredo que nos cativa de maneira gradativa, é difícil não se identificar um pouco com Sophia na nossa própria história.A proposta do livro foi entregue perfeitamente no contexto histórico, com passagem para o próximo livro da série, o drama tem presença marcante, com um romance maduro e leitura agradável. As feridas do pós-guerra, invisíveis aos olhos, são apresentadas de forma impar como só Mary é capaz de escrever, instigando o leitor a querer ler o próximo livro logo em seguida.
Principais avaliações do Brasil
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Avaliado no Brasil em 31 de julho de 2023
Avaliado no Brasil em 29 de agosto de 2020
Avaliado no Brasil em 16 de outubro de 2020
Só para refrescar nossas memórias, a série vai contar a história de um grupo de ex-soldados que, após sofrem algum tipo perca decidem se reunir anualmente para manter os laços da amizade.
Aqui vamos conhecer Vincent, um jovem que ficou cego e está prestes a se casar forçadamente pela família e Sophia, uma jovem que precisa sair da casa de parentes em que vive ou tenta viver, pois, sua existência é totalmente ignorada.
Duas historia de vidas bem distintas, cada um com sua carga dramática e um acordo que promete mudar para sempre a vida desses jovens.
Vicent e Sophia têm seus caminhos cruzados por conta de uma armadilha; ele impetuoso e com seu senso de justiça propõe a Sophia um acordo que lhes renderá vantagens no futuro, mas quis o destino que o amor falasse mais alto colocando qualquer senso comum de lado.
Vicent no primeiro livro, embora tenha perdido a visão, consegue através de outros sentidos, fazer isso passar despercebido para nós que estamos acompanhando sua trajetória; entretanto, de alguma forma, ele negligenciou suas responsabilidades por puro comodismo.
Sophia levava uma vida de opressão na casa de pessoas que se diziam sua família, praticamente invisível aos olhos de todos; com essa personagem totalmente fora da proposta dos livros do gênero, neste livro ela não é nenhuma mocinha a frente do seu, tendo como seu maior desafio encontrar o melhor de si mesma.
Nesse ponto a autora desenvolve um enredo que nos cativa de maneira gradativa, é difícil não se identificar um pouco com Sophia na nossa própria história.
A proposta do livro foi entregue perfeitamente no contexto histórico, com passagem para o próximo livro da série, o drama tem presença marcante, com um romance maduro e leitura agradável.
As feridas do pós-guerra, invisíveis aos olhos, são apresentadas de forma impar como só Mary é capaz de escrever, instigando o leitor a querer ler o próximo livro logo em seguida.
Aqui vamos conhecer Vincent, um jovem que ficou cego e está prestes a se casar forçadamente pela família e Sophia, uma jovem que precisa sair da casa de parentes em que vive ou tenta viver, pois, sua existência é totalmente ignorada.
Duas historia de vidas bem distintas, cada um com sua carga dramática e um acordo que promete mudar para sempre a vida desses jovens.
Vicent e Sophia têm seus caminhos cruzados por conta de uma armadilha; ele impetuoso e com seu senso de justiça propõe a Sophia um acordo que lhes renderá vantagens no futuro, mas quis o destino que o amor falasse mais alto colocando qualquer senso comum de lado.
Vicent no primeiro livro, embora tenha perdido a visão, consegue através de outros sentidos, fazer isso passar despercebido para nós que estamos acompanhando sua trajetória; entretanto, de alguma forma, ele negligenciou suas responsabilidades por puro comodismo.
Sophia levava uma vida de opressão na casa de pessoas que se diziam sua família, praticamente invisível aos olhos de todos; com essa personagem totalmente fora da proposta dos livros do gênero, neste livro ela não é nenhuma mocinha a frente do seu, tendo como seu maior desafio encontrar o melhor de si mesma.
Nesse ponto a autora desenvolve um enredo que nos cativa de maneira gradativa, é difícil não se identificar um pouco com Sophia na nossa própria história.
A proposta do livro foi entregue perfeitamente no contexto histórico, com passagem para o próximo livro da série, o drama tem presença marcante, com um romance maduro e leitura agradável.
As feridas do pós-guerra, invisíveis aos olhos, são apresentadas de forma impar como só Mary é capaz de escrever, instigando o leitor a querer ler o próximo livro logo em seguida.
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